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Tomada de posse dos Corpos Sociais do EuroDefense-Portugal
– Mandato 2008/2009 –
Discurso do Presidente da Direcção do EuroDefense-Portugal,
Dr. António Figueiredo Lopes
[AIP – 11/02/2008] 
Senhor Ministro da Defesa Nacional
Senhor Secretário de Estado Adjunto da Indústria e da Inovação
Senhor Presidente da Associação Industrial Portuguesa
Senhor Director do Instituto da Defesa Nacional
Senhor Presidente do Conselho Geral do EuroDefense-Portugal
Prezados Membros do EuroDefense-Portugal
Minhas Senhoras e Meus Senhores
Em nome dos membros dos Corpos Sociais do Centro de Estudos EuroDefense-Portugal agora empossados, quero, em primeiro lugar, agradecer a presença de Vossas Excelências, Senhor Ministro da Defesa Nacional e Senhor Secretário de Estado Adjunto da Indústria e da Inovação nesta cerimónia, que nos permitimos interpretar como demonstração de apreço pela missão que o EuroDefense-Portugal tem vindo a desenvolver. Agradeço também a presença de tantos amigos e membros da nossa Associação.
Ouvi com a maior atenção a mensagem que nos foi dirigida pelo Senhor Presidente da Associação Industrial Portuguesa, na sua qualidade de Instituidor do EuroDefense-Portugal e agradeço as suas palavras de incentivo e de apoio particularmente significativas no inicio de um novo mandato.
Como é sabido, o Centro de Estudos EuroDefense-Portugal é membro activo da rede EURODEFENSE, actualmente constituída por Associações oriundas de 12 Estados membros da União Europeia, cuja missão principal consiste em promover a reflexão e o debate sobre a política europeia de segurança e defesa. Nunca é demais referir que uma das principais virtualidades destas Associações EuroDefense tem sido a de servirem como plataforma de encontro e diálogo com a sociedade civil, especialmente com as camadas mais jovens, além de contribuírem para criar um clima favorável à reflexão e ao debate protagonizado pelos seus membros e associados, muitos dos quais exibem uma longa carreira de serviço público, na Política, na Diplomacia, nas Forças Armadas e nas actividades empresariais.
É por tudo isto que desde sempre reconhecemos nesta rede europeia características e especificidades que lhe conferem um lugar próprio no âmbito dos institutos e “think tanks” que contribuem para a melhor compreensão das políticas europeias, particularmente das que se referem às matérias de segurança e defesa.
O Centro de Estudos EuroDefense-Portugal comemorou no ano passado dez anos de actividades e fê-lo através de diversas iniciativas que começaram com a Reunião dos Presidentes das diversas Associações que integram a rede e que aqui se reuniram em Março e tiveram o seu ponto mais alto na sessão solene que teve lugar teve lugar no dia 24 de Maio de 2007 no Instituto da Defesa Nacional, com a participação dos seus membros actuais e uma significativa e estimulante presença dos dirigentes dos instituidores fundadores e de muitos que, ao longo dos seus 10 anos de existência, têm dado apoio e colaboração às actividades do EuroDefense-Portugal. Foram então recordados os principais passos da vida desta Associação, a sua especial ligação ao IDN e à AIP, além de se ter posto em evidência a qualidade dos estudos até agora realizados e das diversas acções desenvolvidas.
Por outro lado, tendo em atenção que este aniversário coincidia com a Presidência portuguesa da União Europeia, integrámos nas nossas comemorações um conjunto de iniciativas orientadas para a reflexão e debate sobre questões-chave da Agenda da Presidência. Neste sentido, apraz-me destacar o debate sobre a “Política Europeia de Vizinhança e os Vizinhos do Sul” com a participação de jovens membros das Associações Eurodefense de vários Países da União, assim como as Mesas redondas consagradas a temas da actualidade, como “A União Europeia e as relações com África” e “O Ambiente, a Energia e a Segurança na Cimeira UE-África”. Foi com muito orgulho que vimos estes actividades anunciadas na agenda e no site da Presidência da União Europeia, que Portugal exerceu, com grande empenho, qualidade e mérito durante o 2º semestre de 2007.
Senhor Ministro da Defesa
Senhor Secretário de Estado
Minhas Senhoras e Meus Senhores
Permitam-me uma breve referência ao Plano de Actividades 2008 cujas linhas de orientação reflectem uma opção pela continuidade e uma criteriosa selecção das actividades, tendo por base estruturante, como habitualmente, a participação em Grupos de Trabalho nacionais e europeus e prestando uma particular atenção o Tratado de Lisboa. Com efeito é nossa intenção desenvolver o estudo, análise e identificação das implicações resultantes das alterações introduzidas no Tratado, em particular, no que se refere à Política Comum de Segurança e Defesa e à integração e participação de Portugal nesta política. Este estudo vai começar já na próxima semana com a realização de uma Mesa Redonda, em parceria com o IDN.
Incluímos também uma referência ao estudo das Bases de Sustentação Logística Europeia e Nacional tendo em vista satisfazer as necessidades das forças e organismos com responsabilidades na área da Segurança e Defesa, dos respectivos sistemas, programas e projectos de Investigação Cientifica e tecnologica, de aquisições e de informação e de circulação de dados, tendo particularmente em vista as oportunidades que podem ser criadas às empresas portuguesas. Para esse efeito, vamos propor à AIP a organização de um seminário, especialmente dirigido às empresas portuguesas ligadas à defesa, com a dupla finalidade de lhes dar a conhecer e também reflectir sobre a forma de organizar e constituir uma rede de circulação de informação e de dados que permitam aproveitar as novas oportunidades de participação em projectos de segurança e defesa.
Prosseguiremos, com todo o empenho, a cooperação próxima com a AIP e o IDN – instituições fundadoras do EuroDefense-Portugal – na prossecução de actividades com interesse comum, além de procurarmos alargar o espaço de cooperação com outras instituições e a participação de jovens, de patamar universitário, nas actividades do EuroDefense-Portugal, com o objectivo principal de formação de opinião pública neste sector.
Vamos manter e, na medida do possível, melhorar a participação activa no funcionamento dos Grupos de Trabalho EURODEFENSE (GTE), com prioridade para os temas integrados no Encontro Internacional de 2008.
Não posso, contudo, deixar de exprimir algumas preocupações relativamente aos meios e às dificuldades financeiras com que nos poderemos vir a confrontar para cumprir plenamente os nossos objectivos, mas temos boas razões para confiar na boa vontade dos instituidores, e, sobretudo, nas perspectivas de abertura a novos instituidores interessados nos objectivos e actividades do ED-Portugal dispostos a contribuir para o desenvolvimento das suas actividades.
Termino renovando os meus agradecimentos a todos os que se quiseram associar a esta cerimónia de posse, sem esquecer nesta hora todos quantos têm contribuído com o seu apoio e o seu saber para o sucesso das nossa missão, que iremos procurar cumprir com muita motivação e todo o empenhamento.
Obrigado.
António Figueiredo Lopes
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