![\"\"](\"https:\/\/eurodefense.pt\/wp-content\/uploads\/2015\/06\/Dr.-Figueiredo-Lopes.jpg\")
<\/p>\n\n\n\nEm entrevista \u00e0 ag\u00eancia Lusa, Ant\u00f3nio Figueiredo Lopes defendeu que a defesa e seguran\u00e7a da Europa n\u00e3o passam pela \u201cconstru\u00e7\u00e3o de um ex\u00e9rcito europeu\u201d e frisou que \u201ca responsabilidade para a defesa continua a permanecer nos Estados-membros\u201d.<\/p>\n\n\n\n
\u201cA pol\u00edtica de seguran\u00e7a e defesa continua a ser eminentemente intergovernamental, o que h\u00e1 aqui de novidade \u00e9 que h\u00e1 incentivos muito fortes para a coopera\u00e7\u00e3o, mesmo para a Coopera\u00e7\u00e3o Estruturada Permanente, h\u00e1 incentivos para isso\u201d, afirmou \u00e0 Lusa.<\/p>\n\n\n\n
Face \u00e0 cria\u00e7\u00e3o de um fundo europeu de Defesa, \u201cos Estados n\u00e3o t\u00eam nenhuma desculpa hoje para n\u00e3o olharem para esses desafios, para n\u00e3o os considerarem como generosas oportunidades em conjunto com institui\u00e7\u00f5es europeias e Estados membros\u201d, sustentou.<\/p>\n\n\n\n
Os atentados terroristas no espa\u00e7o europeu geraram sentimentos de inseguran\u00e7a e a uma perce\u00e7\u00e3o maior de que a seguran\u00e7a e a defesa est\u00e3o no topo das prioridades, considerou, sublinhando que no \u201cEurobar\u00f3metro\u201d mais recente \u201cmais de 80 por cento dos cidad\u00e3os disseram que a prioridade da Europa neste momento \u00e9 a seguran\u00e7a e a defesa dos cidad\u00e3os\u201d.<\/p>\n\n\n\n
\u201cIsto significa que, em consequ\u00eancia, os respons\u00e1veis pol\u00edticos nacionais e europeus n\u00e3o t\u00eam outro caminho que n\u00e3o seja o de iniciarem um processo de revis\u00e3o e de revitaliza\u00e7\u00e3o de toda a estrutura e arquitetura de seguran\u00e7a e defesa que fomos construindo ao longo dos anos\u201d, disse.<\/p>\n\n\n\n
O ex-ministro considerou que o debate em curso na Uni\u00e3o Europeia sobre a Estrat\u00e9gia Global da UE \u201cconduz ao sentimento de partilha de responsabilidades entre os Estados-membros\u201d.<\/p>\n\n\n\n
\u201cNenhum Estado por si s\u00f3 est\u00e1 em condi\u00e7\u00f5es de resolver os problemas de seguran\u00e7a\u201d, sublinhou.<\/p>\n\n\n\n
A cria\u00e7\u00e3o do Fundo Europeu de Defesa e a sua poss\u00edvel aprova\u00e7\u00e3o definitiva \u201cprev\u00ea um trabalho em dois sentidos: por um lado a Comiss\u00e3o Europeia disp\u00f5e-se a investir muitos milh\u00f5es na investiga\u00e7\u00e3o e tecnologias de Defesa. Por outro lado, os Estados comprometem-se a colaborar na constru\u00e7\u00e3o de mais capacidades de Defesa a n\u00edvel nacional\u201d.<\/p>\n\n\n\n
\u201cO est\u00edmulo da Comiss\u00e3o vai no sentido de criar projetos comuns, devem servir a mais do que um pa\u00eds. Em termos pr\u00e1ticos \u00e9 preciso estarmos muito conscientes do que se est\u00e1 a passar (\u2026) o desafio n\u00e3o \u00e9 apenas no quadro da seguran\u00e7a, \u00e9 no quadro da economia e da investiga\u00e7\u00e3o tecnol\u00f3gica\u201d, disse.<\/p>\n\n\n\n
\u201cNo momento sabemos que a Comiss\u00e3o se disp\u00f5e a aplicar 90 milh\u00f5es de euros at\u00e9 2020 nos primeiros projetos que forem estabelecidos, a seguir, 500 milh\u00f5es de euros por ano em projetos de investiga\u00e7\u00e3o comuns, depois est\u00e1 dispon\u00edvel para apoiar financeiramente em regime de cofinanciamento a parte do desenvolvimento e da aquisi\u00e7\u00e3o dos equipamentos\u201d, disse.<\/p>\n\n\n\n
\u201cS\u00e3o oportunidades fabulosas\u201d para as ind\u00fastrias nacionais, sobretudo as pequenas e m\u00e9dias empresas que apostam na inova\u00e7\u00e3o, destacou.<\/p>\n\n\n\n
Outro indicador que aponta para a necessidade do aumento dos or\u00e7amentos e dos investimentos na Defesa \u00e9 a sa\u00edda do Reino Unido da Uni\u00e3o Europeia, j\u00e1 que se trata da \u201cmaior pot\u00eancia militar europeia\u201d, o pa\u00eds que \u201cgasta mais dinheiro do seu or\u00e7amento na Defesa\u201d, colocando assim os Estados-membros \u201cperante a necessidade de refletirem sobre como podem colmatar esta sa\u00edda\u201d.<\/p>\n\n\n\n
\u201cOutra preocupa\u00e7\u00e3o \u00e9, perante os conflitos internos e amea\u00e7as de guerra e conflitos nas suas vizinhan\u00e7as estrat\u00e9gicas a leste, a R\u00fassia, sudeste, problemas no Mediterr\u00e2neo oriental, na faixa do Sael, tudo isso s\u00e3o proximidades da Europa que nos impelem a organizar uma arquitetura europeia capaz n\u00e3o apenas de preservar os nossos valores e o patamar de desenvolvimento que j\u00e1 atingimos e a economia, mas tamb\u00e9m a seguran\u00e7a e prote\u00e7\u00e3o dos cidad\u00e3os\u201d, disse.<\/p>\n\n\n\n
Numa altura em que os Estados europeus membros da NATO s\u00e3o pressionados pelos EUA a aumentar as suas contribui\u00e7\u00f5es para a defesa comum, Figueiredo Lopes sustentou que cabe aos ministros da Defesa estudar como \u00e9 que se contabiliza o esfor\u00e7o nacional, numa equa\u00e7\u00e3o que n\u00e3o deve incluir apenas \u201ca contabilidade dos 2% do PIB [Produto Interno Bruto]\u201d.<\/p>\n\n\n\n
\u201cTemos soldados preparados para essas opera\u00e7\u00f5es e a\u00ed morrer se necess\u00e1rio, e isso tem de contar para o contributo e esse contributo tem de ser reconhecido\u201d, disse, lembrando a morte de um militar portugu\u00eas em miss\u00e3o no Mali \u201c\u00e0s m\u00e3os de terroristas\u201d.<\/p>\n\n\n\n
<\/p>\n\n\n\n
Ant\u00f3nio Figueiredo Lopes<\/strong><\/strong> \u00abO presidente da Associa\u00e7\u00e3o e ex-governante Figueiredo Lopes, defendeu hoje que o aumento da despesa na Defesa \u00e9 inevit\u00e1vel e destacou os incentivos \u201cmuito fortes\u201d para a coopera\u00e7\u00e3o entre Estados, rejeitando a ideia de um \u201cex\u00e9rcito europeu.\u201d<\/strong><\/strong><\/strong> Em entrevista \u00e0 ag\u00eancia Lusa, Ant\u00f3nio Figueiredo Lopes defendeu que a defesa e seguran\u00e7a da Europa n\u00e3o passam pela \u201cconstru\u00e7\u00e3o de um ex\u00e9rcito europeu\u201d e frisou que \u201ca responsabilidade para a defesa continua a permanecer nos Estados-membros\u201d. \u201cA pol\u00edtica de seguran\u00e7a e defesa continua a ser eminentemente intergovernamental, o que h\u00e1 aqui de novidade \u00e9… Ler mais »Defesa da Europa exige mais coopera\u00e7\u00e3o e investimento comuns<\/span><\/a><\/p>\n","protected":false},"author":1,"featured_media":2934,"comment_status":"closed","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"neve_meta_sidebar":"","neve_meta_container":"","neve_meta_enable_content_width":"","neve_meta_content_width":0,"neve_meta_title_alignment":"","neve_meta_author_avatar":"","neve_post_elements_order":"","neve_meta_disable_header":"","neve_meta_disable_footer":"","neve_meta_disable_title":""},"categories":[17],"tags":[],"_links":{"self":[{"href":"https:\/\/eurodefense.pt\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/201"}],"collection":[{"href":"https:\/\/eurodefense.pt\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"https:\/\/eurodefense.pt\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/eurodefense.pt\/wp-json\/wp\/v2\/users\/1"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/eurodefense.pt\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=201"}],"version-history":[{"count":5,"href":"https:\/\/eurodefense.pt\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/201\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":2720,"href":"https:\/\/eurodefense.pt\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/201\/revisions\/2720"}],"wp:featuredmedia":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/eurodefense.pt\/wp-json\/wp\/v2\/media\/2934"}],"wp:attachment":[{"href":"https:\/\/eurodefense.pt\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=201"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"https:\/\/eurodefense.pt\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=201"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"https:\/\/eurodefense.pt\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=201"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}
Presidente da Associa\u00e7\u00e3o<\/p>\n\n\n\n
Di\u00e1rio de Not\u00edcias, edi\u00e7\u00e3o de 11 de Julho de 2017.<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"