![\"\"](\"https:\/\/eurodefense.pt\/wp-content\/uploads\/2021\/03\/Dra.-Giovanna-Mari.jpg\")
<\/figure><\/div>\n\n\n\nGiovanna Mari<\/strong> Publica\u00e7\u00f5es relacionadas<\/strong><\/p>\n\n\n\n
EuroDefense Jovem-Portugal<\/em><\/p>\n\n\n\n
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Durante esta semana p\u00f4de-se compreender melhor a hist\u00f3ria e o desenrolar da crise em Myanmar. Desde a sua independ\u00eancia em 1948, o pa\u00eds passou por constantes transi\u00e7\u00f5es governamentais que culminaram quase sempre em regimes ditatoriais de cariz militar. Destes regimes resultaram profundas e sist\u00e9micas desigualdades sociais, que impediram o desenvolvimento e instaura\u00e7\u00e3o da liberdade na sociedade e da constru\u00e7\u00e3o de uma maior consci\u00eancia de uma cidadania igualit\u00e1ria.<\/p>\n\n\n\n
Pelo contr\u00e1rio, instigaram ainda mais as desigualdades que se repercutem at\u00e9 aos dias atuais, desigualdades essas que inclusive se refletem na Constitui\u00e7\u00e3o da Na\u00e7\u00e3o, o que dificulta ainda mais a prosperidade de um regime democr\u00e1tico. As diferen\u00e7as no tratamento das diversas etnias, por exemplo, s\u00e3o demonstradas claramente atrav\u00e9s no que toca ao direito de participa\u00e7\u00e3o pol\u00edtica e a direitos civis.<\/p>\n\n\n\n
as diferen\u00e7as no tratamento das pessoas de diferentes etnias<\/p>\n\n\n\n
A inseguran\u00e7a humanit\u00e1ria dos ap\u00e1tridas Rohingyas, a marginaliza\u00e7\u00e3o das minorias \u00e9tnicas e da religi\u00e3o mu\u00e7ulmana da sociedade s\u00e3o as quest\u00f5es mais evidentes e alarmantes que refletem a falta de liberdade e igualdade e o descumprimento dos direitos humanos. Consequentemente, tudo isso resulta em tens\u00f5es e conflitos mais constantes. O golpe militar est\u00e1 a tornar os conflitos cada vez mais violentos e a gerar um maior sentimento de revolta civil.<\/p>\n\n\n\n
Mesmo depois das primeiras elei\u00e7\u00f5es nacionais multipartid\u00e1rias em 2015, o primeiro governo democr\u00e1tico estabelecido em Myanmar, liderado por Aung San Suu Kyi da LDN (Liga Nacional pela Democracia), foi de novo evidenciado que as minorias \u00e9tnicas ainda n\u00e3o possuem espa\u00e7o e direitos na sociedade, principalmente em rela\u00e7\u00e3o ao que incide a etnia Rohingya.<\/p>\n\n\n\n
No dia 1 de fevereiro de 2020, a tomada do poder pela Junta Militar, que nomeou o comandante do ex\u00e9rcito como l\u00edder Min Aung Hlaing durante 1 ano em Estado de Emerg\u00eancia, o aprisionamento da l\u00edder rec\u00e9m-eleita Aung San Suu Kyi, e outros membros importantes do seu partido, que estavam no comando do governo, isto \u00e9, o golpe militar congelou a possibilidade da constru\u00e7\u00e3o da democracia no governo, e desde ent\u00e3o come\u00e7ou o Movimento de Desobedi\u00eancia Civil, que se re\u00fane em protestos civis, o Movimento dos Estudantes, funcion\u00e1rios da sa\u00fade, a pol\u00edcia civil, e monges budistas (que foram os l\u00edderes da Revolu\u00e7\u00e3o de A\u00e7afr\u00e3o em 2007), e at\u00e9 mesmo as minorias \u00e9tnicas tamb\u00e9m est\u00e3o a unir-se ao movimento de desobedi\u00eancia, manifestando-se contra a Junta Militar.<\/p>\n\n\n\n
Por\u00e9m, nas \u00faltimas semanas a Junta Militar come\u00e7ou a tomar medidas mais violentas para conter os protestos, come\u00e7ou a perseguir, torturar, prender e reprimir os manifestantes, al\u00e9m de censurar os media e cortar o acesso \u00e0 internet. No dia 14 de mar\u00e7o foi declarada lei marcial em v\u00e1rios bairros da cidade de Rangum, e a cidade tornou-se um aut\u00eantico campo de batalha, com muitos civis a fugir. Mais de 200 manifestantes perderam a vida.<\/p>\n\n\n\n
O relator especial da ONU para os Direitos Humanos em Myanmar, Thomas Andrews, afirmou que a Junta Militar estaria a cometer \u201cprovavelmente crimes contra a Humanidade\u201d desde que assumiu o poder no in\u00edcio de fevereiro. Por isso, h\u00e1 uma grande import\u00e2ncia do posicionamento da comunidade internacional, pois o este apoio \u00e0s manifesta\u00e7\u00f5es promove a motiva\u00e7\u00e3o e a esperan\u00e7a dos mianmarenses a continuarem na luta de reconquistar seus direitos civis, e atrav\u00e9s das manifesta\u00e7\u00f5es restaurarem a liberdade e democracia no pa\u00eds.<\/p>\n\n\n\n
19 de mar\u00e7o de 2021<\/strong><\/p>\n\n\n\n Giovanna Mari<\/strong> Publica\u00e7\u00f5es relacionadas<\/strong><\/p>\n\n\n\n<\/figure><\/div>\n\n\n\n
EuroDefense Jovem-Portugal<\/em><\/p>\n\n\n\n
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