{"id":6891,"date":"2021-09-30T08:43:46","date_gmt":"2021-09-30T08:43:46","guid":{"rendered":"https:\/\/eurodefense.pt\/?p=6891"},"modified":"2023-02-20T18:08:47","modified_gmt":"2023-02-20T18:08:47","slug":"a-importancia-geopolitica-do-artico","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/eurodefense.pt\/a-importancia-geopolitica-do-artico\/","title":{"rendered":"A Import\u00e2ncia Geopol\u00edtica do \u00c1rtico"},"content":{"rendered":"\n

O \u00c1rtico \u00e9 uma regi\u00e3o constitu\u00edda pelos Estados da Dinamarca (atrav\u00e9s da regi\u00e3o aut\u00f3noma da Gronel\u00e2ndia), R\u00fassia, Canad\u00e1, Estados Unidos da Am\u00e9rica (EUA) (atrav\u00e9s do Estado do Alasca), Isl\u00e2ndia, Finl\u00e2ndia, Noruega e Su\u00e9cia; e pelo Oceano \u00c1rtico, cuja maior parte da \u00e1rea se encontra coberta de gelo durante todo o ano (Lib\u00f3rio & Guedes, 2020). Todavia, com a subida da temperatura m\u00e9dia da regi\u00e3o, em cerca de 2\u00baC, devido ao aquecimento global, tem-se assistido a um decr\u00e9scimo da extens\u00e3o do gelo, registando-se um desaparecimento de 40%, em 2007 (Jacinto, 2016). Por conseguinte, nos \u00faltimos anos, o \u00c1rtico tem sofrido grandes altera\u00e7\u00f5es a n\u00edvel ambiental, econ\u00f3mico, pol\u00edtico e social, como por exemplo a possibilidade de navega\u00e7\u00e3o por novas rotas mar\u00edtimas e novas oportunidades de explora\u00e7\u00e3o de recursos naturais (B\u00fclow, 2018).<\/p>\n\n\n\n

\"\"<\/figure>\n\n\n\n

Figura 1:<\/strong> A regi\u00e3o do \u00c1rtico e as suas percentagens de gelo.
Retirado de:<\/strong> https:\/\/nsidc.org\/cryosphere\/frozenground\/whereis_fg.html<\/span><\/a><\/p>\n\n\n\n

Assim, no que respeita a novas rotas mar\u00edtimas temos: o Trajeto Mar\u00edtimo do Norte (NSR \u2013 Northern Sea Route), que diminui a dist\u00e2ncia entre o Este Asi\u00e1tico e a Europa Ocidental de 21 mil km, usando o canal do Suez, para 12,8 mil km; o Trajeto Noroeste (NWP \u2013 Northwest Passage), que encurta a dist\u00e2ncia entre o Este Asi\u00e1tico e a Europa Ocidental de 24 mil km, atrav\u00e9s do Canal do Panam\u00e1, para 13,6 mil km; e, finalmente, o Trajeto Transpolar Mar\u00edtimo (TSR \u2013 Transpolar Sea Route) que, caso se torne naveg\u00e1vel, converter-se-\u00e1 no trajeto mais curto entre o Oceano Pacifico e o Oceano Atl\u00e2ntico e retirar\u00e1 relev\u00e2ncia ao NSR e ao NWP, pois embora estes sejam de menor dist\u00e2ncia, o TSR n\u00e3o tem quaisquer obst\u00e1culos que se possam revelar como fatores de risco \u00e0 sua navega\u00e7\u00e3o, tais como ilhas, canais ou estreitos (Lib\u00f3rio & Guedes, 2020).<\/p>\n\n\n\n

\"\"<\/figure>\n\n\n\n

Figura 2: <\/strong>Novas rotas mar\u00edtimas.
Retirado de:<\/strong>
https:\/\/dailybrief.oxan.com\/Analysis\/DB238508\/Polar-Silk-Road-will-reshape-trade-and-geopolitics<\/span><\/a><\/p>\n\n\n\n

Posto isto, assiste-se a uma reorienta\u00e7\u00e3o dos interesses dos Estados no sentido da utiliza\u00e7\u00e3o destas novas rotas mar\u00edtimas, uma vez que estas oferecem tempos de viagem mais curtos, o que representa pre\u00e7os mais reduzidos de navega\u00e7\u00e3o, mas tamb\u00e9m vantagens em poss\u00edveis atividades militares, desenvolvimento da atividade piscat\u00f3ria e promo\u00e7\u00e3o de atividades tur\u00edsticas na regi\u00e3o, e a possibilidade de navega\u00e7\u00e3o regional (Gricius, 2021).<\/p>\n\n\n\n

Por outro lado, no que toca \u00e0s novas oportunidades de explora\u00e7\u00e3o de recursos naturais, denota-se um aumento progressivo da descoberta e da acessibilidade aos mesmos, estimando-se que as reservas de petr\u00f3leo e g\u00e1s natural da regi\u00e3o representem 13% do petr\u00f3leo e 30% do g\u00e1s de todo o mundo (Lib\u00f3rio & Guedes, 2020). Ademais, o \u00c1rtico \u00e9 tamb\u00e9m rico em minerais como o cobre, o n\u00edquel, o ur\u00e2nio \u2013 muito usado na manufatura de armamento nuclear \u2013 e outros tipos de minerais raros utilizados na manufatura de novas tecnologias (Lib\u00f3rio & Guedes, 2020; Volpe, 2020). Desta feita, muitos Estados t\u00eam-se visto interessados na explora\u00e7\u00e3o destes recursos, j\u00e1 que a ameniza\u00e7\u00e3o das condi\u00e7\u00f5es ambientais resulta numa diminui\u00e7\u00e3o dos custos de explora\u00e7\u00e3o e na cria\u00e7\u00e3o de lucro face ao pre\u00e7o da extra\u00e7\u00e3o (Dubois & Gagaridis, 2018).<\/p>\n\n\n\n

\"\"<\/figure>\n\n\n\n

Figura 3: <\/strong>Presen\u00e7a de petr\u00f3leo e g\u00e1s natural.<\/strong>
Retirado de:<\/strong>
https:\/\/nordregio.org\/maps\/resources-in-the-arctic-2019\/<\/span><\/a><\/p>\n\n\n\n

No entanto, apesar de os Estados se mostrarem confiantes quanto \u00e0 explora\u00e7\u00e3o desta regi\u00e3o, esta pode n\u00e3o ser exequ\u00edvel, j\u00e1 que apesar de se conjeturar uma tend\u00eancia de degelo no \u00c1rtico, \u00e9 dif\u00edcil prever as suas varia\u00e7\u00f5es anuais. Desta maneira, se o impacto das altera\u00e7\u00f5es clim\u00e1ticas n\u00e3o for expressivo, os pre\u00e7os da explora\u00e7\u00e3o de recursos permanecer\u00e3o demasiado altos e as rotas mar\u00edtimas ficar\u00e3o fechadas durante o inverno, abrindo apenas durante cerca de 30 dias no ver\u00e3o. Tal sazonalidade impossibilitar\u00e1 o fornecimento de um servi\u00e7o constante por parte das transportadoras mar\u00edtimas e diminuir\u00e1 o potencial econ\u00f3mico da regi\u00e3o (Lib\u00f3rio & Guedes, 2020). Para mais, a falta de infraestruturas desenvolvidas torna o desenvolvimento robusto destas atividades bastante imprevis\u00edvel (Gricius, 2021).<\/p>\n\n\n\n

Contudo, a imprevisibilidade das altera\u00e7\u00f5es clim\u00e1ticas n\u00e3o tem impedido diversos atores de verem o potencial econ\u00f3mico da regi\u00e3o como uma oportunidade para expandirem a sua relev\u00e2ncia internacional e aumentarem o seu territ\u00f3rio (Guedes, 2015). Deste modo, ao longo dos \u00faltimos anos, os Estados \u00c1rticos t\u00eam procurado reivindicar os seus direitos de soberania e acesso a determinados territ\u00f3rios, e t\u00eam realizado pedidos de alargamento das suas plataformas continentais, de maneira a acederem a determinados recursos e a controlarem pontos chave das poss\u00edveis novas rotas mar\u00edtimas (Jacinto, 2016; Lib\u00f3rio e Guedes, 2020). Ademais, outros Estados que n\u00e3o se encontram geograficamente presentes no \u00c1rtico t\u00eam demonstrado interesse na regi\u00e3o, como \u00e9 o caso da China. Posto isto, o \u00c1rtico tem visto a sua import\u00e2ncia estrat\u00e9gica a aumentar sincronicamente com o seu potencial econ\u00f3mico(B\u00fclow, 2018).<\/p>\n\n\n\n

Neste sentido, embora a atual arquitetura de seguran\u00e7a do \u00c1rtico seja marcada pela coopera\u00e7\u00e3o, devido \u00e0 presen\u00e7a de instrumentos como a Conven\u00e7\u00e3o das Na\u00e7\u00f5es Unidas sobre o Direito do Mar (CNUDM<\/span>), a Declara\u00e7\u00e3o de Ilulissat, e de f\u00f3runs como o Conselho do \u00c1rtico, que incitam ao di\u00e1logo pac\u00edfico entre os Estado \u00c1rticos, a regi\u00e3o tem sido palco de v\u00e1rias disputas territoriais e conflitos de interesse que podem vir a p\u00f4r em causa a sua estabilidade (Guedes, 2015; Dubois & Gagaridis, 2018; Gricius, 2021).<\/p>\n\n\n\n

Um primeiro exemplo \u00e9 o da submiss\u00e3o, por parte da R\u00fassia, de um pedido de extens\u00e3o da sua plataforma continental, em 2001, \u00e0 Comiss\u00e3o sobre os Limites da Plataforma Continental (CLPC), no qual alega que a Lomonosov Ridge<\/em> se trata de um prolongamento do seu territ\u00f3rio continental, de modo a ter jurisdi\u00e7\u00e3o sobre os recursos existentes na mesma. Neste sentido, tamb\u00e9m o Canad\u00e1 e a Dinamarca submeteram pedidos da mesma natureza, em 2009 e 2014 respetivamente, o que se mostra preocupante, uma vez que tais extens\u00f5es das plataformas continentais coincidem numa mesma parte parcial ou total do territ\u00f3rio (Jacinto, 2016; Lib\u00f3rio & Guedes, 2020). Assim, a Lomonosov Ridge<\/em>, poder\u00e1 vir a tornar-se numa shatterbelt<\/em>, isto \u00e9, poder\u00e1 vir a ser fragmentada e dividida pelas diversas pot\u00eancias consoante os seus interesses geopol\u00edticos e geoestrat\u00e9gicos. Posto isto, esta situa\u00e7\u00e3o preocupa, ainda, outros Estados com interesse na regi\u00e3o, pois se estas reivindica\u00e7\u00f5es forem aceites, 88% do \u00c1rtico ficar\u00e1 sujeito \u00e0 soberania dos Estados reivindicativos (Lib\u00f3rio & Guedes, 2020).<\/p>\n\n\n\n

Tamb\u00e9m a presen\u00e7a chinesa na regi\u00e3o veio aumentar a tens\u00e3o, com a China a olhar para o \u00c1rtico como uma oportunidade de diversificar os seus fornecedores energ\u00e9ticos e de expandir a Rota Mar\u00edtima da Seda (Dubois & Gagaridis, 2018). Assim, de modo a concretizar os seus interesses, a China tem procurado construir uma identidade \u00e1rtica \u2013 embora n\u00e3o exista uma proximidade geogr\u00e1fica \u2013, estabelecendo rela\u00e7\u00f5es diplom\u00e1ticas multilaterais e bilaterais com os Estados \u00c1rticos. Existe, deste modo, uma procura de legitimar a sua presen\u00e7a na regi\u00e3o e criar uma perce\u00e7\u00e3o de si como um pa\u00eds cooperativo e pac\u00edfico (Volpe, 2020). Ainda assim, a sua presen\u00e7a \u00e9 vista com desconfian\u00e7a por parte de alguns Estados \u00c1rticos, como os EUA (Dubois & Gagaridis, 2018). O desejo chin\u00eas de um papel ativo na regi\u00e3o \u00e9 visto como o esfor\u00e7o de uma pot\u00eancia emergente de exportar o seu poder e influ\u00eancia. Estas perce\u00e7\u00f5es t\u00eam por base a frequente conex\u00e3o com as inten\u00e7\u00f5es chinesas no Mar do Sul da China e o historial chin\u00eas de desenvolvimento da sua capacidade de proje\u00e7\u00e3o de poder para o exterior, de modo a proteger os seus bens, o que leva ao receio de que tais padr\u00f5es se repitam no \u00c1rtico. Assim, o \u00c1rtico est\u00e1 a emergir como um novo palco para a rivalidade entre a China e os EUA (Sun, 2020).<\/p>\n\n\n\n

Por sua vez, a poss\u00edvel emerg\u00eancia de novas rotas mar\u00edtimas, como o NSR e o NWP, tem contribu\u00eddo para o aumento da instabilidade no \u00c1rtico. No que toca ao NSR, persiste a incerteza sobre quem det\u00e9m o controlo da mesma, uma vez que a R\u00fassia a reivindica como parte das suas \u00e1guas territoriais, pois tal oferece-lhe direitos exclusivos \u00e0 realiza\u00e7\u00e3o de atividades na mesma, enquanto os EUA insistem que esta se encontra em \u00e1guas internacionais. Al\u00e9m disso, o facto de a China estar a cooperar com a R\u00fassia para o desenvolvimento desta rota \u00e9 tamb\u00e9m uma fonte de tens\u00e3o, pois possibilita um aumento da influ\u00eancia chinesa na regi\u00e3o e representa a uni\u00e3o de dois Estados com os quais os EUA mant\u00eam rela\u00e7\u00f5es conturbadas. Neste sentido, n\u00e3o deve descurar-se a possibilidade dos EUA, como resposta, aumentarem o seu poder militar no \u00c1rtico, ainda que tal possa culminar num aprofundar das tens\u00f5es. \u00c0 semelhan\u00e7a do NSR, tamb\u00e9m n\u00e3o existe uma defini\u00e7\u00e3o clara sobre quem det\u00e9m a soberania do NWP, visto que o Canad\u00e1 a reivindica como estando localizada em \u00e1guas canadianas e os EUA e a Europa defendem-na como sendo internacional (Gricius, 2021<\/span>).<\/p>\n\n\n\n

Deste modo, compreende-se que a falta de clarifica\u00e7\u00e3o sobre quem det\u00e9m o controlo destas rotas mar\u00edtimas \u00e9 uma fonte de tens\u00e3o para os Estados envolvidos. No entanto, \u00e9 relevante perceber que o aumento da circula\u00e7\u00e3o nas mesmas tamb\u00e9m traz consigo outras implica\u00e7\u00f5es. Um aumento do tr\u00e1fego pressup\u00f5e um aumento de monitoriza\u00e7\u00e3o de forma a impedir o desenvolvimento de fen\u00f3menos como o crime transnacional organizado, o que, por sua vez, pode significar que pa\u00edses como a R\u00fassia e o Canad\u00e1 necessitar\u00e3o de aumentar o seu poder militar na regi\u00e3o, para protegerem as suas fronteiras. Como j\u00e1 demonstrado, o aumento da presen\u00e7a militar de um Estado traz consigo um potencial de cria\u00e7\u00e3o ou aprofundamento de tens\u00f5es com outros Estados (Gricius, 2021). <\/p>\n\n\n\n

Neste sentido, nos \u00faltimos anos tem-se assistido a uma crescente militariza\u00e7\u00e3o do \u00c1rtico, a qual se pode traduzir na realiza\u00e7\u00e3o de exerc\u00edcios militares por parte da R\u00fassia, como os Vostok<\/em>, em 2018, e os Tsentr<\/em>, em 2019, e por parte da Organiza\u00e7\u00e3o do Tratado do Atl\u00e2ntico Norte (OTAN), que realizou os Trident Juncture,<\/em> em 2018. Neste sentido, importa ter em mente que dos oito Estados \u00c1rticos, cinco pertencem \u00e0 OTAN \u2013 Canad\u00e1, Dinamarca, EUA, Isl\u00e2ndia e Noruega \u2013 e que tanto os EUA como a R\u00fassia fazem parte dos pa\u00edses que mais dinheiro investiram em defesa em 2018. Assim, pelo tipo de exerc\u00edcios empreendidos e pelo tipo de pa\u00edses envolvidos nos mesmos, \u00e9 poss\u00edvel perceber que o \u00c1rtico come\u00e7a a adquirir uma nova import\u00e2ncia enquanto poss\u00edvel teatro de opera\u00e7\u00f5es militares (Lib\u00f3rio & Guedes, 2020).<\/p>\n\n\n\n

Em suma, entende-se que, por consequ\u00eancia do aquecimento global, o \u00c1rtico encontra-se num extenso processo de transforma\u00e7\u00e3o, apresentando novas potencialidades ao n\u00edvel da explora\u00e7\u00e3o de recursos naturais e da navega\u00e7\u00e3o por rotas mar\u00edtimas mais curtas, que vieram desencadear nos Estados \u00c1rticos \u2013 e outros \u2013 um desejo de expans\u00e3o do seu poder e influ\u00eancia na regi\u00e3o (Jacinto 2016; Lib\u00f3rio & Guedes, 2020). Por conseguinte, mesmo uma leitura superficial da situa\u00e7\u00e3o salienta o surgimento de tens\u00f5es e conflitos inerentes a este aumento da centralidade do \u00c1rtico, estando a regi\u00e3o apenas dependente de instrumentos legais como a CNUDM, a Declara\u00e7\u00e3o de Ilulissat ou o Conselho do \u00c1rtico para manter a coopera\u00e7\u00e3o pacifica entre os diversos Estado \u00c1rticos e Estados n\u00e3o \u00c1rticos com interesse na regi\u00e3o (Guedes, 2015).<\/p>\n\n\n\n

\"\"

<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

Figura 4: <\/strong>Mapa de disputas da regi\u00e3o.
Retirado de:<\/strong>
https:\/\/upnorth.eu\/moscow-again-makes-expansive-claims-to-large-parts-of-arctic-ocean\/<\/span><\/a><\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

30 de setembro de 2021<\/p>\n\n\n\n

\"\"<\/figure><\/div>\n\n\n\n

Leonor Sustelo<\/strong>
EuroDefense Jovem-Portugal<\/em><\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

Madalena Matoso<\/strong>
Orbis<\/em><\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

Bibliografia:<\/span><\/strong><\/p>\n\n\n\n

Arctic Council. (2021). Arctic States<\/em>. Obtido de Arctic Council: https:\/\/arcticcouncil.org\/about\/states\/<\/span><\/a><\/p>\n\n\n\n

B\u00fclow, C. G. (2018). Friend or Foe: The Chinese Interest in Greenland and How it Impacts the Relationship Between Greenland and Denmark. 7-17; 51-71.<\/p>\n\n\n\n

Dubois, K., & Gagaridis, A. (2018). The Security Implications of China-Greenland Relations. The Polar Connection<\/em>: http:\/\/polarconnection.org\/security-china-greenland-relations\/<\/span><\/a><\/p>\n\n\n\n

Gricius, G. (2021). Geopolitical Implications of New Arctic Shipping Lanes. The Arctic Institute<\/em>: https:\/\/www.thearcticinstitute.org\/geopolitical-implications-arctic-shipping-lanes\/<\/span><\/a><\/p>\n\n\n\n

Guedes, A. M. (2015). Conselho do \u00c1rtico. Janus: Universidade Aut\u00f3noma de Lisboa<\/em>. https:\/\/repositorio.ual.pt\/bitstream\/11144\/2982\/1\/3.30_ArmandoMGuedes_ConselhoArtico.pdf<\/span><\/a><\/p>\n\n\n\n

Jacinto, C. S. (2016). A quest\u00e3o territorial no \u00c1rtico: uma quest\u00e3o de desordem mundial? Revista Portuguesa de Ci\u00eancia Pol\u00edtica<\/em>, 53-70. http:\/\/www.observatoriopolitico.pt\/wp-content\/uploads\/2018\/02\/RPCP6.pdf<\/p>\n\n\n\n

Lib\u00f3rio, O. F., & Guedes, T. (2020). O Estreito de Bering e os Dois Trajetos \u00c1rticos (NSR e NWP. Em M. Guedes, & M. Cruz, A Geopol\u00edtica dos Chokepoints e dos Shatterbelts<\/em> (Vol. 1, pp. 63-100). Cadernos do IUM.<\/p>\n\n\n\n

https:\/\/www.ium.pt\/s\/wp-content\/uploads\/CIDIUM\/Cadernos%20do%20IESM-IUM\/Cadernos%20do%20IUM%20N.o45%20-%20A%20Geopol%C3%ADtica%20dos%20Chokepoints%20e%20dos%20Shatterbelts%20(Volume%20I).pdf<\/span><\/a><\/p>\n\n\n\n

National Snow and Ice Data Center. (2020). What is the Arctic?<\/em> Obtido de National Snow and Ice Data Center: National Snow and Ice Data Center. https:\/\/nsidc.org\/cryosphere\/arctic-meteorology\/arctic.html<\/span><\/a><\/p>\n\n\n\n

NATO. (s.d.). What is NATO? Obtido de NATO: https:\/\/www.nato.int\/nato-welcome\/index.html<\/span><\/a><\/p>\n\n\n\n

Sun, Y. (2020). Defining the Chinese Threat in the Arctic. The Arctic Institute<\/em>: https:\/\/www.thearcticinstitute.org\/defining-the-chinese-threat-in-the-arctic\/<\/span><\/a><\/p>\n\n\n\n

Volpe, M. (2020). The tortuous path of China\u2019s win-win strategy in Greenland. The Arctic Institute<\/em>: https:\/\/www.thearcticinstitute.org\/tortuous-path-china-win-win-strategy-greenland\/<\/span><\/a><\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

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