{"id":6941,"date":"2021-10-11T18:13:36","date_gmt":"2021-10-11T18:13:36","guid":{"rendered":"https:\/\/eurodefense.pt\/?p=6941"},"modified":"2023-02-20T18:08:45","modified_gmt":"2023-02-20T18:08:45","slug":"o-painel-europeu-da-inovacao","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/eurodefense.pt\/o-painel-europeu-da-inovacao\/","title":{"rendered":"O PAINEL EUROPEU DA INOVA\u00c7\u00c3O"},"content":{"rendered":"\n

O desempenho obtido pela Uni\u00e3o Europeia (UE) em mat\u00e9ria de inova\u00e7\u00e3o subiu 12,5% entre 2014 e 2021, de acordo com os dados divulgados pelo Painel Europeu da Inova\u00e7\u00e3o. No relat\u00f3rio publicado este ano, foram introduzidos novos indicadores para avaliar a evolu\u00e7\u00e3o registada em diferentes dom\u00ednios, como a digitaliza\u00e7\u00e3o  e a sustentabilidade ambiental, procurando, deste modo, ir ao encontro das prioridades pol\u00edticas definidas pela UE.<\/p>\n\n\n\n

O relat\u00f3rio elaborado pela Comiss\u00e3o Europeia revela que se verifica “uma converg\u00eancia cont\u00ednua dentro da UE, com os pa\u00edses com desempenho inferior a crescerem mais rapidamente do que os pa\u00edses com desempenho superior, colmatando assim o fosso de inova\u00e7\u00e3o entre eles”.<\/p>\n\n\n\n

Tendo por base a avalia\u00e7\u00e3o realizada, os 27 Estados-membros da Uni\u00e3o Europeia foram divididos em quatro grupos de acordo com os resultados obtidos: inovadores emergentes, inovadores moderados, inovadores fortes e l\u00edderes da inova\u00e7\u00e3o<\/strong>.<\/p>\n\n\n\n

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No conjunto da UE, a Su\u00e9cia ocupa o primeiro lugar em mat\u00e9ria de inova\u00e7\u00e3o, seguida pela Finl\u00e2ndia, pela Dinamarca e pela B\u00e9lgica. O Painel Europeu da Inova\u00e7\u00e3o mostra tamb\u00e9m que os grupos de pa\u00edses com um desempenho semelhante tendem a estar geograficamente concentrados.<\/p>\n\n\n\n

Os l\u00edderes da inova\u00e7\u00e3o e a maioria dos pa\u00edses considerados inovadores fortes est\u00e3o localizados na Europa Setentrional e Ocidental, ao passo que a maioria dos pa\u00edses inovadores moderados e emergentes se localizam na Europa Meridional e Oriental.<\/p>\n\n\n\n

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De acordo com os resultados do Painel Europeu da Inova\u00e7\u00e3o, Portugal continua a integrar o grupo de pa\u00edses considerados inovadores moderados. Os seus pontos fortes \u201cest\u00e3o nos sistemas de investiga\u00e7\u00e3o atrativos, digitaliza\u00e7\u00e3o e utiliza\u00e7\u00e3o de tecnologias de informa\u00e7\u00e3o\u201d. No entanto, regista-se um \u201crecente decl\u00ednio no desempenho da inova\u00e7\u00e3o\u201d, que fica a dever-se, segundo o relat\u00f3rio elaborado pela Comiss\u00e3o Europeia, \u00e0 queda verificada em alguns indicadores que escondem \u201co forte aumento do desempenho no ensino terci\u00e1rio e o apoio do Governo \u00e0 investiga\u00e7\u00e3o e \u00e0s tecnologias ligadas ao ambiente\u201d. Al\u00e9m disso, \u201cPortugal tem quotas inferiores \u00e0 m\u00e9dia de inovadores em processos empresariais internos\u201d, continuando ainda a apresentar \u201cpontua\u00e7\u00f5es abaixo da m\u00e9dia nos indicadores relacionados com as altera\u00e7\u00f5es clim\u00e1ticas\u201d, sublinha a Comiss\u00e3o Europeia.<\/p>\n\n\n\n

A Uni\u00e3o Europeia no plano internacional<\/strong><\/p>\n\n\n\n

Comparando os resultados da Uni\u00e3o Europeia com os de outros concorrentes internacionais, o relat\u00f3rio elaborado pela Comiss\u00e3o Europeia revela que a Coreia do Sul \u00e9 o pa\u00eds mais inovador a n\u00edvel global registando um desempenho significativamente superior ao da UE. A diferen\u00e7a entre ambos situava-se em 36% em 2014, sendo de 21% em 2021.<\/p>\n\n\n\n

Os resultados obtidos pela UE em mat\u00e9ria de inova\u00e7\u00e3o s\u00e3o, no entanto, melhores do que alguns concorrentes internacionais, como a China, o Brasil, a \u00c1frica do Sul, a R\u00fassia e a \u00cdndia, o mesmo j\u00e1 n\u00e3o sucedendo quando comparados com os do Canad\u00e1, da Austr\u00e1lia, dos Estados Unidos e do Jap\u00e3o, que continuam a superar os da Uni\u00e3o Europeia.<\/p>\n\n\n\n

Segundo os dados do relat\u00f3rio sobre o desempenho da UE em mat\u00e9ria de ci\u00eancia, investiga\u00e7\u00e3o e inova\u00e7\u00e3o (SRIP) de 2020, cerca de dois ter\u00e7os do crescimento da produtividade da Europa nas \u00faltimas d\u00e9cadas foram impulsionados pela inova\u00e7\u00e3o. Compreende-se assim que a investiga\u00e7\u00e3o e a inova\u00e7\u00e3o constituam uma parte essencial da resposta coordenada da UE \u00e0 crise provocada pelo novo coronav\u00edrus, devendo tamb\u00e9m apoiar a recupera\u00e7\u00e3o sustent\u00e1vel e inclusiva da Europa.<\/p>\n\n\n\n

A avalia\u00e7\u00e3o regular do desempenho obtido pelos v\u00e1rios Estados-membros da UE em mat\u00e9ria de inova\u00e7\u00e3o, iniciada em 2001 com a realiza\u00e7\u00e3o do primeiro Painel Europeu da Inova\u00e7\u00e3o, poder\u00e1 ajudar a concretizar esse objetivo. Nesse sentido, a edi\u00e7\u00e3o anual deste painel dever\u00e1 n\u00e3o s\u00f3 evidenciar de forma clara o empenho da UE e dos seus Estados-membros neste dom\u00ednio, mas tamb\u00e9m apoiar o desenvolvimento de pol\u00edticas destinadas a promover a inova\u00e7\u00e3o na Europa.<\/p>\n\n\n\n


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11 de setembro de 2021<\/p>\n\n\n\n

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Nuno Gama de Oliveira Pinto<\/strong>
Investigador Coordenador, Consultor S\u00e9nior,<\/em>
Membro do Conselho Consult<\/em>ivo<\/p>\n\n\n\n


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Este artigo foi originalmente publicado na revista: Dirigir & Formar<\/span><\/a><\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

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