A participa\u00e7\u00e3o do EuroDefense-Portugal (ED) no ciclo de confer\u00eancias \u00abEconomia da Defesa \u2013 Uma Oportunidade Estrat\u00e9gica para Portugal\u00bb, enquadra-se no \u00e2mbito da execu\u00e7\u00e3o do plano de atividades deste Gabinete de Estudos para 2015.<\/p>\n\n\n\n
Nas suas interven\u00e7\u00f5es, o Presidente da Dire\u00e7\u00e3o do EuroDefense-Portugal, Figueiredo Lopes, aborda algumas das caracter\u00edsticas e especificidades pr\u00f3prias do Mercado da Defesa, a sua import\u00e2ncia estrat\u00e9gica, a sua dimens\u00e3o e valor econ\u00f3mico e social, e a dimens\u00e3o europeia do sector tecnol\u00f3gico e industrial de seguran\u00e7a e defesa.<\/p>\n\n\n\n
\u00abUm mercado sujeito a requisitos pr\u00f3prios e a uma rela\u00e7\u00e3o peculiar com os poderes p\u00fablicos, onde o Estado aparece simultaneamente como definidor dos requisitos, regulador, licenciador, investidor e cliente\u00bb, refere Figueiredo Lopes, para quem, a import\u00e2ncia do sector tecnol\u00f3gico e industrial da defesa n\u00e3o sendo exclusivamente de ordem econ\u00f3mica, mant\u00e9m uma liga\u00e7\u00e3o muito estreita aos objetivos da Defesa Nacional, que lhe confere uma dimens\u00e3o estrat\u00e9gica e uma contribui\u00e7\u00e3o decisiva para os objetivos da seguran\u00e7a e de defesa.<\/p>\n\n\n\n
Segundo o Presidente da Dire\u00e7\u00e3o do EuroDefense-Portugal, as ind\u00fastrias e tecnologias de defesa constituem um sector estrat\u00e9gico da economia de defesa.\u00a0 Fundamentalmente por duas raz\u00f5es. Porque no complexo contexto de desafios e amea\u00e7as que colocam em causa a sua seguran\u00e7a e a seguran\u00e7a das popula\u00e7\u00f5es, cabe ao Estado agregar esfor\u00e7os n\u00e3o s\u00f3 para garantir a seguran\u00e7a nacional mas tamb\u00e9m para intervir em miss\u00f5es internacionais nas \u00e1reas mais cr\u00edticas onde tem de defender os seus interesses vitais; e, porque a revitaliza\u00e7\u00e3o das ind\u00fastrias de defesa deve ser considerada como um contributo para a Economia Nacional, visto que se trata de um sector essencial para o desenvolvimento tecnol\u00f3gico, a gera\u00e7\u00e3o de emprego altamente qualificado, a inova\u00e7\u00e3o e o crescimento.<\/p>\n\n\n\n
\u00abImporta sublinhar que \u00e9 um sector essencial na transforma\u00e7\u00e3o e crescimento de um enorme n\u00famero de outras ind\u00fastrias \u2013 e n\u00e3o apenas das que produzem equipamentos ou armamento \u2013 porque os mercados de defesa cobrem hoje, desde um largo espectro de produtos e servi\u00e7os de duplo uso, civil e militar, at\u00e9 aos complexos sistemas de armas e materiais altamente sens\u00edveis\u00bb, refere Figueiredo Lopes, que aborda ainda a ado\u00e7\u00e3o pelas institui\u00e7\u00f5es europeias de importantes medidas para apoiar este sector.<\/p>\n\n\n\n
A este prop\u00f3sito, e a t\u00edtulo de novidade, afirma o Presidente da Dire\u00e7\u00e3o do EuroDefense-Portugal, que \u00abagora j\u00e1 \u00e9 poss\u00edvel apoiar tamb\u00e9m as ind\u00fastrias e tecnologias para fins militares, com recurso a fundos comunit\u00e1rios antes destinados exclusivamente a fins civis (Programa Horizonte 2020 \u2013 Programa-Quadro Comunit\u00e1rio de Investiga\u00e7\u00e3o & Inova\u00e7\u00e3o, com um or\u00e7amento global superior a 77 mil milh\u00f5es de euros para o per\u00edodo 2014-2020; Programa COSME \u2013 Programa para a Competitividade das Empresas\u00a0 e das Pequenas e M\u00e9dias Empresas).<\/p>\n\n\n\n
No plano dos cen\u00e1rios que aqui se abrem para Portugal, sustenta Figueiredo Lopes, o modelo de neg\u00f3cio a seguir no futuro pelas PME que operam no sector da defesa ter\u00e1 de passar, necessariamente, pela procura de oportunidades no mercado internacional, atrav\u00e9s da participa\u00e7\u00e3o em \u00abclusters\u00bb de inova\u00e7\u00e3o. Mas, tamb\u00e9m, pelo devido aproveitamento das possibilidades de acesso ao financiamento europeu em projectos de duplo-uso.<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"
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