A transformação dos regimes fronteiriços e os mecanismos regionais de segurança marítima no Atlântico foram os temas das candidaturas vencedoras da primeira edição do FLAD Atlantic Security Award.
Os projetos da investigadora Susana Ferreira e do investigador Frank Mattheis foram distinguidos pelo júri da primeira edição do FLAD Atlantic Security Award, lançado o ano passado, num total de 11 trabalhos a concurso, de candidatos europeus, norte-americanos e sul-americanos.
“A transformação dos regimes fronteiriços no Atlântico. Da securitização a uma abordagem centrada no ser humano no Sudoeste da Europa” é o título do projeto da investigadora portuguesa, que aborda as novas rotas migratórias no Atlântico e o impacto da gestão dos fluxos migratórios na segurança humana das comunidades deste espaço, um assunto de interesse transversal aos países do Atlântico norte e do Atlântico sul e que beneficiará as instituições promotoras do Prémio, por ser um tema que tradicionalmente não consta da agenda dos estudos de segurança e defesa no Atlântico.
O segundo projeto vencedor, “Mecanismos de segurança marítima regional no Atlântico: um estudo comparativo”, analisa os mecanismos de cooperação em torno da segurança marítima no Atlântico, para explicar a sua proliferação e articulação limitada. O trabalho, revela o júri, distinguiu-se não só pela relevância e originalidade, mas por prever resultados inovadores, que terão um efeito benéfico para as instituições promotoras do Prémio, na sua missão de promover conhecimento e cooperação em torno do Atlântico.
Criado pelo Centro do Atlântico, o Instituto da Defesa Nacional e a Fundação Luso-Americana, o FLAD Atlantic Security Award distingue, anualmente, com 20 mil euros, dois projetos de investigação que contribuam para o desenvolvimento do conhecimento sobre a Segurança e Defesa no espaço atlântico.
O IDN será a instituição de acolhimento destes projetos, cujos resultados serão posteriormente objeto de difusão em eventos de debate e publicação nas linhas editoriais do Instituto.