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Primeiro-ministro, António Costa, iniciou semana com visita ao contingente militar português destacado para a força da ONU na República Centro Africana

«Do ponto de vista dos contactos com as autoridades, quer das Nações Unidas, quer da República Centro-Africana (RCA), todos manifestam uma grande expectativa e confiança no profissionalismo e no prestígio das nossas forças armadas e em todos aqueles que aqui servem», afirmou o Primeiro-Ministro, António Costa, manifestando a sua satisfação com o resultado da visita aos militares portugueses que se encontram em missão na RCA.

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Quase de saída do campo M’Poko, onde teve a possibilidade de conhecer no terreno as circunstâncias da missão e conviver de perto com os militares, António Costa adverte que se trata de «uma missão de risco, numa circunstância de grande complexidade», pois «não se trata de um cenário de guerra normal, mas, sim, de conflitos armados, com vários grupos, conflituais também entre eles…»

«Uma missão de estabilização tem esse risco», acrescentou o Primeiro-Ministro, mas para reafirmar toda a confiança no sucesso dos militares portugueses: «O profissionalismo das nossas forças, a motivação que têm, a capacidade do seu comando e o enquadramento no âmbito da MINUSCA dão-nos todas as condições para desempenhar esta missão, que certamente honrará Portugal.», disse António Costa

O Primeiro-Ministro destacou ainda a importância da participação de Portugal nas missões na RCA para o prestígio da sua política externa. Pelo envolvimento na estabilização de um país africano, contribuindo para que «a paz e o desenvolvimento permitam conter na raiz esta vaga de fluxos de refugiados, que só neste país tem quase um quarto da população deslocada ou refugiada», sustentou.

A participação de Portugal permite também «cumprir o nosso dever e ser solidários com países amigos, como a França, que libertaram daqui recursos para estar na frente de combate ao terrorismo», bem como forma de reforçar «o nosso empenho ao serviço das Nações Unida se também da União Europeia», concluíu.

O Primeiro-Ministro esteve em Bangui, capital da RCA, acompanhado pelo Ministro da Defesa,  José Alberto Azeredo Lopes, e o Chefe do Estado-Maior General das Forças, general Pina Monteiro. 
Jantou e pernoitou no campo M’Poko, onde se encontra aquartelada a força nacional, e conheceu directamente as condições dos 160 militares que integram a missão de estabilização das NU (MINUSCA) e os 11 militares que participam na missão de aconselhamento e treino da UE (EUTM).

ANSIOSOS E MOTIVADOS PARA CUMPRIR

“Os militares estão animados”, garante o Tenente-Coronel Musa Gonçalves Paulino, que assume o comando da primeira força nacional destacada para a República Centro-Africana (RCA). “A visita do nosso Primeiro-Ministro, do Ministro da Defesa e do General CEMGFA vem reforçar e transmitir a imagem de que o Governo português, toda a estrutura, está ao lado dos militares”, acrescentou.

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“Estamos todos em sintonia e, obviamente, que é um enorme incentivo e uma grande dose de energia para os militares que cá estão a cerca de 7000 quilómetros de casa”, diz o comandante da força.

Musa Gonçalves Paulino explica que a função dos militares portugueses na MINUSCA é enquanto força de reação rápida, para ser chamada a intervir pelo comandante da missão em alterações anormais da ordem no país.

“A nossa competência é nacional e estamos prontos para quando houver essa necessidade e intenção por parte do comando da MINUSCA; estamos prontos para operar”, declara.

“A preparação é longa – explica Gonçalves Paulino –, normalmente leva cerca de seis meses, e todo o pessoal neste momento tem uma enorme expetativa em pôr em prática aquilo que aprendeu, consolidou e treinou, e cumprir a sua missão. Estão ansiosos, estão motivados e vão cumprir”, garante.

O Tenente-Coronel Musa Gonçalves Paulino é oficial de infantaria do Exército, com a especialidade de comando, e é o comandante do contingente português que se encontra desde finais de Janeiro ao serviço da missão de paz das Nações Unidas na RCA.

A força é constituída por 160 militares, 156 do Exército – entre os quais 111 comandos – e 4 da Força Aérea Portuguesa (FAP).

PRESIDENTE DA RCA RECEBE COM “SATISFAÇÃO” MILITARES PORTUGUESES E AGRADECE APOIO

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“Agradeço ao Governo português e ao povo português o contingente de militares que disponibilizou, tanto para a missão das Nações Unidas, MINUSCA, como para a missão de treino da União Europeia”, declarou o Presidente da República Centro-Africana, Faustin Archange Touadera, na sequência de um encontro com o Primeiro-Ministro António Costa.

Faustin Archange Touadera manifestou em nome do seu país a “satisfação” que tem em receber os militares portugueses. “O contingente português, com a sua capacidade e experiência operacional, dará um importante contributo para a estabilização e para a paz na República Centro-Africana”, afirmou o Presidente da República Centro Africana.

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