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Mesa Redonda: “A Economia de Defesa – Sua integração no planeamento estratégico”

Inserida no quadro de actividades do EuroDefense–Portugal e da Associação Industrial Portuguesa relativamente à reflexão sobre a racionalização e a rentabilização dos recursos aplicados na segurança e defesa, e também à difusão de informação sobre esta matéria tendo em vista o seu reconhecimento pela opinião pública, realizou-se no dia 7 de Junho de 2006, na AIP, uma Mesa Redonda subordinada ao tema “A Economia de Defesa – Sua integração no planeamento estratégico”.

Esta Mesa Redonda teve como objectivo proporcionar uma reflexão aprofundada e debater a integração de uma componente de análise económica no planeamento estratégico da segurança e da defesa, em sentido lato, tendo contado com a participação as seguintes personalidades: Dr. Luís Barbosa, Dr. Sérgio Parreira de Campos, Eng. José Rui Felizardo, V/Alm. Carlos Alberto Viegas Filipe, Dr. Walter Marques, Dr. José Manuel Mourato, Deputado Jorge Neto, TGen. José Pinto Ramalho, Dr. João Salgueiro e Prof.ª Eng.ª Manuela Sarmento.

Sendo a área da economia de defesa bastante vasta e verificando-se que o seu campo de aplicação tem tendência para alargar, constatou-se uma significativa diversidade no conteúdo das intervenções. Das diversas questões abordadas, merecem destaque as seguintes:

  1. A crescente importância da economia de defesa e a necessidade da sua introdução no planeamento estratégico face a uma maior exigência de rigor e racionalidade na aplicação dos recursos;
  2. A avaliação dos custos/benefícios em situação de guerra e nas operações humanitárias e de manutenção e imposição da paz. Sobretudo no que toca a estas últimas vertentes, foi evidenciada a importância da avaliação dos benefícios que Portugal poderá retirar da sua participação nessas operações;
  3. A diferença entre despesa e investimento (reprodutibilidade de uma e outra situação). A necessidade de uma análise input/output para avaliar o impacto na economia nacional das despesas e investimentos relativos à defesa e segurança. A posição do Eurostat sobre as despesas com a defesa;
  4. A cooperação industrial no domínio dos equipamentos de defesa visando a obtenção de uma relação lucrativa entre a Economia e a Defesa – necessidade de uma visão estratégica a longo prazo e de uma vontade política forte tendo em vista a participação em projectos internacionais cooperativos no âmbito da I&D e da produção de equipamentos.

A Mesa Redonda “A Economia de Defesa – Sua integração no planeamento estratégico” constituiu uma primeira abordagem do tema “Economia de Defesa”. As suas conclusões irão permitir a organização de futuras iniciativas do EuroDefense-Portugal nesta área.

A Comissão Organizadora elaborou um documento síntese sobre a Mesa Redonda, editado em Setembro de 2006 como n.º 9 da Colecção Sínteses EuroDefense.

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