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“O Ambiente, a Energia e a Segurança na Cimeira UE‑África”

No quadro das suas actividades e em parceria, a Associação Industrial Portuguesa e o Centro de Estudos EuroDefense-Portugal realizaram a Mesa Redonda “O Ambiente, a Energia e a Segurança na Cimeira UE‑África”, a qual decorreu no dia 20 de Novembro de 2007 nas instalações da AIP.

No contexto do relacionamento UE-África, será fundamental equacionar as novas ameaças globais que incidem sobre o ambiente devido ao consumo excessivo de recursos energéticos finitos e as consequências para a segurança, entendida em sentido lato.

Por outro lado, a formulação da “estratégia conjunta UE-África” não poderá deixar de ter em conta que, em África, os problemas relacionados com o Ambiente, a Energia e a Segurança são diferentes daqueles que se verificam em outros continentes, embora as consequências a todos afectem, porventura com maior gravidade para os países menos desenvolvidos.

Esta Mesa Redonda, que visou promover a reflexão e o debate sobre os problemas das alterações ambientais provocadas pelo consumo de energia e suas consequências para a segurança, com enfoque específico na identificação de elementos essenciais a integrar na formulação da “Estratégia Conjunta UE‑África”, teve como participantes as seguintes personalidades: Dr.ª Alexandra Ferreira de Carvalho, Dr. José Eduardo Martins, Comendador Henrique Neto, Dr.ª Elisabete Cortes Palma, TGen. António Fontes Ramos, Cor. Carlos Coutinho Rodrigues e Embaixador José Tadeu Soares.

Das intervenções dos diversos participantes nesta Mesa Redonda e das ideias e reflexões resultantes do debate, merecem referências as seguintes principais conclusões:

  • Na Cimeira UE-África não serão certamente encontradas soluções para todos os problemas, mas é uma excelente iniciativa, por ser um momento de reflexão para que todos possam conversar de uma forma aberta, numa profícua e honesta relação bilateral entre os dois continentes.
  • A desejável cooperação entre a UE e a África em matéria de sustentabilidade ambiental deverá repercutir-se positivamente no que toca ao crescimento económico, criação de emprego, estabilidade social e de reforço das capacidades em matéria de adaptação e mitigação dos efeitos negativos das alterações climáticas.
  • Não poderemos deixar de ter em conta que os problemas do subdesenvolvimento e da ignorância que afectam um grande número de países africanos levarão gerações a serem resolvidos. Contudo, neste domínio merece ser sublinhado o acordo africano quanto a uma crescente utilização dos dividendos da exploração de petróleo e de gás orientada para o desenvolvimento.
  • No domínio do ambiente ficou patente a maior vulnerabilidade dos países subdesenvolvidos para fazerem face aos efeitos das alterações climáticas e a acrescida responsabilidade dos países mais poluidores na procura de soluções, em particular para as regiões onde as consequências são mais devastadoras.
  • Num mundo globalizado, em que tudo afecta todos, é imprescindível encontrar mecanismos que garantam a segurança, sendo premente, no domínio da energia, encontrar soluções que não afectem o ambiente e reduzam o consumo e a dependência dos combustíveis fósseis, o que necessariamente envolve o aumento da eficiência energética e a utilização de energias renováveis e não poluidoras.

Foi elaborado um documento síntese das intervenções dos diversos participantes, editado em Dezembro de 2007 como n.º 14 da Colecção Sínteses EuroDefense.

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