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Para que existam Forças Armadas capazes de serem projectadas operacionalmente e serem empregues com eficácia, torna-se necessário dispor de uma base tecnológica e industrial que funcione, isto é que seja capaz de fornecer às forças militares os equipamentos e as capacidades de acção que elas necessitam, no momento apropriado e a um preço competitivo.

Neste âmbito, a essencial dimensão tecnológica da componente de Defesa do sistema de segurança e defesa nacional terá de ser encontrada na Investigação e Desenvolvimento (I&D), actividade que constitui o alicerce de toda a indústria e, em particular, o garante da sua competitividade, sendo assim um motor do desenvolvimento e do crescimento económico. Contudo, na Europa o I&D de defesa tende a diminuir, enquanto nos EUA cresce entre 6 e 7% e na China, Índia e Rússia o crescimento é também superior ao que se verifica na Europa.

Esta situação preocupante constitui um enorme desafio para a Agência Europeia de Defesa (EDA), uma vez que as questões relacionadas com I&D de defesa estão no centro das suas competências.

Por outro lado, face aos enormes desafios impostos pela actual crise financeira, que atinge de uma forma particular a Europa, e aos custos sempre crescentes do armamento, considera-se que será este o momento ideal para repensar os benefícios do pooling & sharing e da especialização, tendo em vista fazer mais e melhor com os sempre escassos recursos financeiros.

Na medida em que se considera que Portugal não deve passar ao lado das oportunidades criadas pela actual conjuntura, o Centro de Estudos EuroDefense-Portugal publica o presente documento que procura, fundamentalmente, lançar a reflexão sobre os benefícios destas novas formas de cooperação, de modo a passarmos da teoria à prática e da retórica à acção, de uma forma coordenada, integrada e coerente com um plano estratégico que inclua a BTID, o reequipamento e a capacitação das Forças Armadas, numa perspectiva integrada de desenvolvimento nacional.

Conselho da União Europeia – reunião do Conselho dos Negócios Estrangeiros (Defesa) de 9 de Dezembro de 2010.

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