A Aliança Atlântica anunciou que vai estudar as propostas de Moscovo para aumentar a segurança aérea, apresentadas numa nova reunião a nível de embaixadores do Conselho NATO-Rússia.
As divergências persistem entre as duas partes no que se refere às crises na Ucrânia mas o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg assegurou que a reunião foi útil e incluiu «discussões abertas e sinceras».
«Os aliados e a Rússia têm discordâncias profundas e persistentes sobre a crise. (…) Mas foi uma oportunidade para clarificar as nossas posições e trocar pontos de vista sobre a crise na Ucrânia», sustentou o secretário-geral da Aliança.
A partir do início do próximo ano, a Organização do Tratado do Atlântico Norte manterá uma presença militar avançada reforçada no flanco leste da Europa o que preocupa Moscovo, que sente ameaçada a tradicional zona de interesse estratégico da Rússia.
A iniciativa, aprovada na recente Cimeira de Varsóvia, prevê a colocação de quatro batalhões de mil militares cada um, na Polónia e nas três antigas repúblicas soviéticas no Báltico, onde a NATO mantém forças estacionadas desde cerca de há dois anos.
«Não há nenhuma razão para desenvolver tal actividade militar como a que enfrentamos hoje e que a NATO está a fazer, acreditamos que não contribui para a segurança, de modo que não é sobre transparência. Isto é sobre a direcção em que a NATO está a mover-se em termos militares e este é um desenvolvimento muito preocupante», afirmou por seu turno o representante russo.
Eduardo Mascarenha
Vogal da Direção